Espanhol cria mosca sintética em laboratório

Se já estão criando mosca sintética imagina daqui alguns anos o que podem criar. o.O

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Um investigador espanhol criou uma nova espécie animal, a mosca Drosophila synthetica. Trata-se da primeira espécie sintética uma vez que foi desenvolvida em laboratório através de manipulações genéticas, lê-se na revista científica PLoS ONE.

Drosophila synthetica é uma derivação das espécies naturais de Drosophila melanogaster, a partir da qual Eduardo Moreno, do Instituto da Universidade de Berna, Suíça, criou um circuito genético tecnicamente complexo, com várias mutações.

A nova espécie tem algumas alterações visíveis: é cega e tem olhos pequenos e cor-de-rosa, enquanto a original é um pouco maior e tem olhos vermelhos. Também as asas são diferentes no seu padrão ou o que é conhecido como veias. Este padrão é característico para diferenciar as diferentes espécies.

Já existem animais com modificações genéticas mas esta é uma nova espécie por ser incapaz de reproduzir-se com a Drosophila original. Apenas se reproduz com as moscas que têm o mesmo genoma (sintético).

Segundo Eduardo Moreno, a experiência foi realizada com moscas por “razões práticas”, já que é uma espécie com características genéticas bem conhecidas e, portanto, “fácil de manipular tecnicamente”.

Explica o investigador que as espécies transgénicas e sintéticas partilham a mesma base, já que criadas com genes modificados ou com a introdução de genes de outras espécies. A diferença básica é que as transgénicas podem transferir as suas características às originais e reproduzir-se, e as sintéticas não. Já existem outras espécies sintéticas mas fora do mundo animal, como os pepinos e as bactérias.

A vantagem das sintéticas é serem mais seguras do que as transgénicas pois não há o perigo de contaminarem as originais. Actualmente, existem alimentos e animais transgénicos que se adaptam melhor às condições climáticas. No entanto, ninguém ousa falar de aplicações práticas desta criação.